Capítulo 122

Zac - isso mesmo... – ele disse enquanto a observava abrir o exame. – Vamos ter um filho.

  Vanessa não estava nem ouvindo o que ele dizia, tratou de abrir o envelope e tirar de dentro o papel, e sim...
    Estava dizendo que ela estava gestante de doze semanas. Pôs a mão no rosto, pois estava chocada...
   Grávida? Estava esperando um filho dele, daquele cachorro mentiroso! Aquilo só podia ser um pesadelo...
    Piscou algumas vezes e voltou a ler o papel e continuava lá, enfatizado. E ainda por cima estava com três meses. Olhou para a própria barriga e notou que realmente estava redondinha, nada escandaloso, mas ela no fundo sabia que sua barriga sempre fora reta, e aquela pequena protuberância não era normal ali... Sentiu um nó na garganta, e desceu a mão até sua barriga e o encarou.

Zac- Está tudo bem? – ele perguntou preocupado.

Van- Você está inventando tudo isso! – disse voltando a guardar o papel e em seguida jogando em cima dele, recusando a acreditar, mas no fundo ela sabia que sim, estava grávida.

Zac- É claro que não vanessa... – ele a encarou e aparou o envelope antes que caísse no chão. – Por que eu inventaria isso?

Van- Talvez para que eu volte com você... – ela ironizou. – Eu fiz um teste de farmácia e deu
negativo, eu não estou grávida e nunca estive. – tentando se convencer de sua hipótese.

Zac- Teste de farmácia? – ele murmurou. – O que é um teste de farmácia na frente de um exame laboratorial? É claro que esse teste fajuto falhou vanessa, como se você não soubesse que esses testes falham mais do que funcionam.

Van- Para de falar isso! – disse perturbada andando, ele andou atrás dela, a morena se escorou em um muro e pôs a mão no rosto.

Não era possível estar grávida de três meses, está certo que ela sempre sentiu os sintomas, mas se recusava a acreditar que realmente estava esperando um bebê, e agora meu Deus...? O que ela iria fazer? Em seguida desabou em lagrimas, sua vida estava destruída, acabada.

Zac- vanessa... – ele se aproximou e viu que ela estava chorando. – Olha não fica assim, isso não é o fim do mundo... – ficou ao lado dela encarando-a.

Van - Cala a boca! – ela murmurou com a mão no rosto, soluçando. – O que você quer mais zac? Além de me usar, vem aqui me dar essa noticia maravilhosa... – disse com ironia. – Acabar com a minha vida, o que mais você quer?

Zac- vanessa, eu só quero que saiba que eu estou aqui para o que você precisar... – ele disse tentando tocar na barriga dela, mas ela tirou sua mão com brutalidade. – Eu te amo.

Van- Me deixa! – chorando mais, ainda não conseguia acreditar.

Zac- Olha vanessa, volta pra mim, volta pra nossa casa... Nós podemos tentar de novo... Você não pode ficar se cansando, eu vou contratar uma pessoa pra te ajudar em tudo, e quando toda essa situação se acalmar, quando o meu filho com a Lily nascer eu juro pra você que eu vou me divorciar dela. – vanessa negou com a cabeça, achando toda aquela ladainha um bizarríssimo sem fim, jamais voltaria com ele! – E então?

Van- Você é muito cara de pau né? – deu um risinho, enxugando as lagrimas. – Eu não quero mais nada com você, nem agora, nem nunca mais. Você pode até matar a Lily, foda-se, eu não tou nem aí... Agora que eu estou grávida você vem atrás de mim, como se nada tivesse acontecido né? – o encarando com severidade. – Sabe o que eu queria zac ? Eu queria que você me desse um pouquinho mais de valor quando a nós estávamos juntos, mas você nunca me deu valor! – apontou chorosa. – E não quero que um homem fique comigo por causa de uma droga de gravidez! – gritou.

Zac- Você sabe que não é assim... – ele mordeu o lábio. – Eu sempre amei você vanessa, amei você como nunca amei mulher nenhuma, a gravidez não tem nada a ver com isso e você sabe! – ele desabafou. – Mas você me cobra muito, só você quer atenção, só você quer carinho... Não é bem assim!

Van -Ah não é assim? – ela ironizou. – Gostaria que eu dividisse minha atenção e meu carinho com outro homem? Gostaria que eu me deitasse com outro homem? – ele ficou pálido. – Gostaria zac? – ele ficou calado. – Me responda!

Zac- É claro que não. – a encarou com a expressão gelada, não gostando nada daquele assunto. – vanessa... – ele suspirou, mais passivo. – Eu devo imaginar que pra você deve ser muito difícil e desgastante me “dividir” com a Lily, mas assim como você precisa de mim ela também precisa.

Vanessa secou os olhos e fez questão de gargalhar alto. Ele a encarou confuso.

Van - E quem disse que eu preciso de você pra alguma coisa? – ela disse e ele suspirou. – Eu não preciso de você pra droga nenhuma. – disse firme. – A única coisa que eu quero de você é distancia zac.

Zac- Pois eu não vou ficar distante de você... – ele negou com a cabeça. – Não estando grávida de um filho meu.

Van- Esse filho é só meu! – ela berrou apontando a barriga. – MEU!

Zac- Mas que maluquice está dizendo? – ele ergueu a sobrancelha.

Van- Estou dizendo que não quero você perto de mim nem do meu filho. – disse ríspida.

Zac- Mas isso é uma loucura... – ele arregalou os olhos. – Você não pode me separar do meu filho! – disse desesperado.

Van - E por que não? – ela cruzou os braços.

Zac- Por que é tão meu quanto seu... – disse sério. – vanessa, nem sonhe com isso, por favor...

Van- Não vai sentir falta dele, afinal de contas terá outro no quase no mesmo período não é? – ela riu debochada. – A Lily diz estar com quatro meses de gravidez, um a mais que eu... Provavelmente nascerá antes, e você nem vai sentir falta. – deu de ombros. – Como está a barriga dela? – indagou provocante. – Deve estar linda não é, eu estou só com três meses e já estou de barriga, quanto mais ela que está com quatro.

Zac - isso não vem ao caso agora... – ele acalantou a garganta, nervoso, Lily não tinha muita barriga, mas segundo a loira era por que o bebê era pequenininho demais, e o medico disse que era normal. – O que está em questão agora é o nosso filho, não o filho da Lily.

Van- Claro... – vanessa concordou. – Até por que não existe, filho nenhum, essa mulher nunca esteve grávida. – riu debochada, e ele rolou os olhos, cansado. – E no meu filho você não tocará em um fio de cabelo que for, essa criança é só minha!

Zac- vanessa... – ele pôs a mão no rosto, nervoso e irritado. – É serio, para gracinha, se você tentar algo pra separar meu filho de mim eu entro na justiça. – a morena gargalhou outra vez. – Para de rir!

Van- Pode me processar a vontade chefinho... – ela ria. – É só eu dizer que esse bebê não é seu, e os juízes não vão nem ligar. – piscou e ele arregalou os olhos.

Zac- Você não seria capaz de mentir pra justiça.

Van- Tenta... – ela riu. – Tenta só pra você ver do que eu sou capaz... Pra infernizar a sua vida, eu sou capaz de tudo senhor efron... É só esquecer que eu existo, esqueça que eu estou grávida, esqueça tudo! Que ai tudo ficará bem. – ela garantiu. – Alias, não seria nada legal a sua mulherzinha ficar passando nervoso, oh... – pôs a mãozinha na boca. – Sabia que se continuar me enchendo o saco ela vai passar? Sim eu vou fazer questão de inferniza-la até não poder mais.

Zac- Quantos anos você tem? – ele perguntou. – Dois?

Van- vinte e três anos mais velha... – ela riu. – E não adianta me chamar de criança, eu não tou nem ai pra sua opinião.

Zac- Eu não vou deixar você me separar do meu filho! – ele acusou. – Jamais vanessa, essa criança é nossa, tão minha quanto sua.

Van- Ai que você se engana... A partir do momento que você escolheu ficar com a Lily, você abriu mão de mim, e quando abriu mão de mim, abriu mão do meu bebê... A proposito você lembra o que eu disse quando você tomou sua decisão? – o encarou, ele assentiu olhando para o chão. – O que eu disse? – ele ficou calado. – Diga.!!!


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