Capítulo 169

Ao chegar em casa, vanessa se tranca no quarto e cai no choro, não queria ver ninguém, não queria falar com ninguém, só queria chorar. Estava sentindo muita falta dos bebês, apesar de serem chatos e cagões eram filhos dela, e ela os amava mais do que tudo no mundo.

Zac dirigia frustrado. Ia deixar sami em casa e depois ia até o shopping buscar as imagens de Lily roubando os bebês, pois iria fazer um boletim de ocorrência, não iria permitir que ela sumisse com seus filhos. Iria fazer o possível para recuperar os pequenos, afinal aquele era o seu dever de pai, zelar pelos seus filhos.

Zac - Pronto. – ele suspirou ao estacionar o carro na frente da casa de sami. – Está entregue.

A loira estendeu o braço até o banco de trás, para pegar sua bolsa, e já ia saindo, sem se despedir dele.

Zac- Ei... – ele chamou, segurando o braço dela. – O que foi? Você tá tão calada.

Sami - Nada, eu acho que é assim que uma mulher fica quando vê seu namorado chamando outra de meu amor. – ela ironizou.

Zac- Do que está falAii? – ele perguntou, confuso.

Sami- Do que eu estou falando? – ela riu debochada. – Eu vi, quando você a chamou de amor! Lá na casa dos pais da louca! Tá tudo bem meu amor... – ela o imitou, com irritação.

Zac- Foi puro hábito. – ele disse, olhando o volante, avoado. – Eu sequer me dei conta.

Sami- Ah claro, eu vou viver ouvindo você chamar essa mulherzinha de amor, por puro hábito. Tirando esses abraçinhos, eu não admito que fique abraçando outra mulher na minha cara!

Zac- Ei! – ele disse a encarando. – Qual é o seu problema? Não vou permitir que fale mal da mãe dos meus filhos.

Sami- Ah agora vai defendê-la?

Zac- vanessa não fez nada pra você, para que fique lhe xingando desse nome, por favor, sami agora não! – ele pediu. – Eu estou desesperado com o sumiço dos meus filhos, eu não quero brigar com você agora.

Sami- Seus filhos vão aparecer! – ela berrou. – Você sabe que essa tal de Lily não consegue fazer nada direito, logo ela vai ser encontrada, o problema é a vanessa, eu não quero você perto dela, muito menos a abraçando toda hora.

A loira cruzou os braços.

Zac- Agora estamos em um problema. – ele a encarou. – vanessa é a mãe dos gêmeos, é meio que impossível eu ficar longe dela.

Sami- Saco!

Zac- Saco sami? – ele assentiu. – Saco digo eu! – apontou pra si mesmo. – Meus filhos de três meses estão por aí com uma maluca que não sabe nem o que é uma mamadeira, correndo riscos, eu não tenho ideia de onde eles estão e você vem ter ataque de ciúminhos agora por que me viu abraçado com a mãe deles? Saco digo eu! – ele disse irritado.

Sami engoliu o seco.

Zac- Agora sai. – ele passou a mão no rosto. – Eu tenho coisas mais importantes pra fazer ao invés de estar aqui brigando com você por essa besteira. No momento meu tempo está valendo ouro.

Sami saiu do carro e ele arrancou. A loira viu o carro dobrar a esquina e ficou arrependida por ter brigado com ele, e se ele não a quisesse mais? Coçou a nuca com preocupação e entrou em casa.

Lily tocava a campainha insistentemente, não demorou e Amélia abriu a porta com cara de sono.

- Quem me atrapalha? – perguntou preguiçosa e arregalou os olhos ao ver Lily com aquele carrinho. – Lily? – ela se agachou e viu que no carrinho estavam dois bebês chorando. – Oh céus!

Lily- Olha só como meus bebês são lindos, Amy. – disse entrando na casa da amiga. – Eles não são a cara do papai?

- Lily.... – Amélia ainda estava em choque, não podia acreditar que Lily tinha tido coragem de raptar os filhos de zac. – Pelo amor de Deus, de onde você tirou esses pequenos? – ainda tinha esperanças que fossem primos ou parentes da loira.

Lily- Como de onde? – Lily riu. – Do meu ventre. – ela olhou os bebês, que estavam vermelhinhos pelo choro.

Amélia ficou branca.

- Droga! – sussurrou vendo a forma que Lily olhava os bebês, parecia louca, parecia não, ela estava louca.

Lily- Eu não sei o que eles têm, estão chorando assim há um bom tempo. – Lily os analisou.

A campainha tocou outra vez. Amélia foi abrir e viu que era Anabela.

- Oi Amélia! – a loira sorriu, entrando. – Oi Li! – deu pulinhos ao ver a amiga. Lily sorriu.

Ao ver o carrinho Anabela ficou confusa. Em seguida encarou Amélia, que negava com a cabeça e rodava o indicador perto da orelha, insinuando que Lily tinha pirado.

- Esses são os... – Anabela cochichou.

- Os filhos do zac. – Amélia concluiu, Anabela ficou amarela e pôs a mão na boca.

Os pequenos choravam muito.

- Lily, o que essas crianças têm? – Amélia disse, pegando um deles no colo. – Traz o outro, Anabela. – pediu e Anabela arrastou o carrinho com o outro bebê até o quarto de Amélia.

Amélia colocou o pequeno na cama e abriu o mijãozinho pra ver se ele estava com a fraldinha suja.

- Oh titia. – disse com pena ao tirar a fralda e ver que ele estava todo cagado. Viu na parte de baixo do carrinho, em busca de alguma bolsa e sim, tinha uma bolsinha azul clara, Amélia pegou a bolsa e a abriu em busca de uma fralda nova. Achou fraldas, pomadinha, lenço umedecido e talco. Não entendia muito de bebês, mas sabia o básico. – Que maldade titia, deixando o bebê todo cagado. – falando com ele, que agora a olhava. Ela sorriu, ele era muito lindo.

Com muito custo trocou a fralda dele, e deu para Anabela segurar. Pegou o outro bebê no colo e encarou Lily.

- Lily, por que você não toma um banho? – a observando, ela não tirava os olhos do bebê. – Você pode dormir um pouco, eu imagino que deva estar muito cansada.

Lily- Sim, pior que eu estou muito cansada mesmo. Ser mãe não é nada fácil. – ela sorriu ao ver Amélia trocando o “filho”. – Eles não são lindos?

- Muito lindos. – Anabela disse, beijando a bochechinha do bebê, que babava. Lily fez o gesto para que ela limpasse. Ela limpou.

Lily- Ai que felicidade, eu pensei que nunca mais teria meus filhos comigo.

Amélia e Anabela se entreolharam, Lily estava muito perturbada, muito mesmo.

- Pega uma toalha e uma roupa minha. – a outra apontou o closet. Lily fez o que ela disse e entrou no banheiro.

- Misericórdia. – Anabela pôs a mão na boca. – A Lily tá louca, Amy! – disse assustada.

- Agora que você veio se dar conta? – passando talco no bebê. – Ela está louca desde que essa menina engravidou, tem uma obsessão pelos filhos da outra, olha isso. – apontou os pequenos. – Ela sequer trocou as fraldas, sabe Deus que horas esses pequenos mamaram! A mãe deles deve estar desesperada.

- O que vamos fazer? – Anabela sussurrou.

- O que nós vamos fazer? – Amélia rolou os olhos. – O que você acha? Eu vou ligar pro zac vir buscar os filhos dele, o coitado deve estar louco de preocupação. Lily está maluca, ela precisa de tratamento! – sussurrava.

- Mas a Lily não vai deixar você ligar. – Anabela suspirou.

- Por que você acha que eu quero que ela durma? – ela disse inconformada com a lentidão de Anabela.

- Você é um gênio Amy! – batendo palminhas.

- Para de me chamar de Amy! – bufou e terminou de trocar a fralda do bebê. – Prontinho. – sorriu o pegando no colo. – É titia, eu quero a minha mamãe. – disse dando um beijinho na bochechinha dele. – Meu Deus, que judiação. – lamentou.

Lily saiu do banheiro e ficou enrolando um bom tempo pra dormir, mas depois de duas horas ela por fim dormiu depois que Amélia colocou uma pequena dose de calmante em seu suco.

Zac estava na delegacia, já estava com o vídeo em mãos e esperava ser chamado pra conversar com o delegado, quando sentiu seu celular vibrar. Atendeu sem nem ver quem era.

Zac- Alô. – ele disse cansado.

- zac?

Zac- Ele mesmo... Quem fala?

- Sou Amélia, amiga da Lily, lembra? – ele arregalou os olhos e ficou atento.

Zac- É claro que eu lembro Amélia, você sabe da Lily? – ele perguntou prontamente.

- Sei sim zac, ela está aqui em casa com seus filhos. – zac pôs a mão na testa. – Ela está dormindo e só agora eu consegui ligar.

Zac - Onde você mora? – ele disse levantando e indo até o balcão de atendimento e fez gestos para que a policial lhe desse uma caneta.

-Anota aí. – ela lhe passou o endereço e ele anotou. – Os dois estão bem, mas eles parecem estar com fome.

Zac -Nossa Amélia, eu não sei como te agradecer, é sério. – disse saindo da delegacia e desativando o alarme do seu carro. – Eu estou chegando aí.

- Tudo bem, eu estou esperando. – desligou.

Zac sorriu, entrando no carro. Decidiu não ligar para vanessa, afinal não queria perder tempo indo busca-la e tirando que era perigoso que vanessa e Lily estivessem no mesmo ambiente, afinal Vanessa estava descontrolada de raiva da loira. Ligou para os pais de Lily, pois os mesmo pediram que assim que ela fosse localizada queriam ser avisados, conversou com Xavier e deu o endereço da casa de Amélia, o homem desligou dizendo que estavam chegando lá.

Não demorou e ele estacionou em frente ao prédio, tocou a campainha diversas vezes e Amélia abriu, ele sorriu ao ver seu filho no colo dela.

Zac- Ah meu filho! – ele pegou o bebê do colo dela e beijou sua cabecinha. – Onde está o outro? – perguntou e Amélia apontou, o outro estava dormindo no colo de Anabela.

- Amy, quem está ai? – ouviram a voz de Lily e gelaram, logo a loira saiu do quarto e arregalou os olhos ao ver zac ali. – zac? – ela engoliu o seco. – O que está fazendo aqui?

Zac- O que você acha? – ele perguntou. – Você é louca?! – foi até ela, tinha vontade matar aquela desgraçada.

Amélia o conteve.

- Se acalma zac... – ela pediu.

Lily- Como ele descobriu? – Lily  apontou.

- Eu liguei e pedi que ele viesse. – Amélia disse. – Tem noção do que você fez?

Lily -AAAAAAAAAAAAAAAAAA! – Lily gritou, assustando os bebês. – Sua traidora!

Zac- Coloca ele aqui, Anabela. – zac pediu apontando o carrinho. Anabela colocou o bebê que quase acordara de volta no carrinho.

A campainha tocou outra vez. Anabela abriu e os pais de Lily apareceram.

Lily- Mamy! – Lily disse. – zac vai me tirar meus filhos de novo! – apontou aos prantos.

- Essas crianças não são suas, Lily! – a mulher disse, com o coração em pedaços ao ver a filha naquela situação. – Você precisa de ajuda!

Lily- O que? – a loira perguntou.

- Lily. – o pai a chamou. – Sua mãe e eu estamos fazendo isso pelo seu bem.

Lily- Isso o que? – ela indagou e viu dois homens de branco atravessando a porta. – NÃO! – ela berrou.

- Se acalme dona Lily. – um dos homens pediu. – Não vamos lhe fazer mal.

Lily- Não, meu nome não é Lioy, me deixem, eu me chamo Barbie, saiam daqui! – pediu enquanto os homens a continham. – Socorro! – ela berrou. – KEN! KEN!

Os pais a olhavam com tristeza, mas aquilo era o certo a se fazer.

- Chega Lily! – Xavier berrou.

- Filha... Você vai com eles, querendo ou não! Sua loucura já está em um nível perigoso. – disse a mãe, com lagrimas.

Lily- Eu não estou louca! – disse no canto da sala, ameaçando chutar os dois rapazes. – Eu estou muito bem, tenho dois filhos lindos e um marido perfeito. – encarou zac e lhe mandou um beijo. – Fala alguma coisa coelhinho da mamãe! – ela disse indo até ele.

Os homens aproveitaram o momento para segura-la, e contê-la.

Lily- ME LARGUEM! – disse chorosa, mas sem tentar se soltar. – Por que vocês querem me agarrar? – ela indagou. – Já sei, querem acasalar comigo. – disse olhando os dois. – Que coisa feia, eu já tenho um coelho, e você não parece um coelhinho. – encarou um deles. – Você parece um urso. – ela analisou.

- Sim, sou um ursinho. – o homem disse com um sorrisinho, tentando distraí-la.

Lily- Tá vendo coelhinho? – ela disse enquanto caminhavam em direção a porta. – Vou te trair. – gargalhou. – Vou trair você com esse ursinho! – ela ria alto. – Apesar de eu preferir coelhinhos, um ursinho não é nada mal... – saiu porta afora.

- Oh meu Deus... – Rosana caiu no choro. – Minha filha está louca.

- Se acalme Rose. – Xavier disse a abraçando de lado. – Ela vai ficar bem.

- Eu não sei, ela está muito surtada. – soluçando.

Zac- Eu não sabia que vocês iriam interna-la hoje mesmo. – zac disse, balançando o bebê de leve no colo, já que o pequeno choramingava. – Eu sinto muito por isso, eu não imaginava que Lily fosse enlouquecer dessa forma.

Rosana o encarou.

- Lily sempre teve sérios problemas psicológicos e você sabe bem zac. – o loiro assentiu. – Mas quero deixar claro uma coisa... O sentimento dela para com você sempre foi muito verdadeiro. O que ela sentia por você era sim amor. – enxugou as lagrimas. – E quando você a traiu e a abandonou, todo esse amor se converteu em loucura. – voltou a chorar. – Eu não vou jogar a culpa de tudo isso em você, por que seria injusto, mas fique sabendo que colaborou MUITO, para que Lorena enlouquecesse! – se virou para o marido. – Vamos embora Xavier. – saiu.

Xavier encarou zac.

- Nos vemos rapaz. – saiu atrás da esposa.

Zac ficou olhando para a porta, por onde tinham saído e suspirou. Esperava de coração que Lily ficasse bem, apesar de a loira ser um pé no saco, ele não desejava isso pra ninguém, jamais desejou vê-la louca, sempre a considerou como uma boa amiga antes dos últimos acontecimentos.

Enfim, o tempo cuidaria dela, e ele só desejava sorte em seu tratamento. Saiu de seus pensamentos quando sentiu seu filho reclamando em seu colo.

Zac- Onw filhão, você deve estar morrendo de fome né? – colocou o bebê no carrinho. – O papai já vai levar você e seu irmãozinho pra mamar, fica tranquilo. – encarou as duas mulheres a sua frente. – Eu não tenho palavras pra agradecer a vocês. – ele sorriu de leve. – Se não fosse pela sua boa vontade, Deus sabe quando eu encontraria meus filhos.

- Não tem de que. – ela sorriu. – Eu acho que eles estão famintos, é melhor você ir antes que o outro acorde e piore.

Zac - Você tem razão.

Ele se despediu das duas e se foi.



Aiin ele encontrou !! Como sera a reação da vanessa ao ver os filhos ??
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