terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Capítulo 172

Van- O que? – ela perguntou, ainda sem compreender. – Mas quando? Como foi isso? – pôs a mão na boca, ouvindo os choros de Vinicius. Naquele momento seu coração se comprimiu e ela sentiu as suas lagrimas escorrendo.

- vanessa, eu não vou conseguir explicar por telefone. – o homem disse. – Mas vem para o pronto-socorro, fazendo o favor?

Van- Claro, só me passa o endereço. – disse chorando. – Rápido Vinicius! – impaciente.

Vinicius lhe deu o endereço e a morena rapidamente se arrumou, seu desespero era tanto que estava deixando cair varias coisas no chão.

Não demorou e a porta do seu quarto se abriu.

Gina- Minha filha? – gina entrou no quarto e se assustou ao ver a filha chorando. – O que houve Vanessa?

Van - Austin sofreu um acidente mãe! – ela disse aos prantos enquanto buscava a chave de seu fusquinha. Onde aquela droga tinha se metido?

Gina arregalou os olhos.

Gina- Mas como assim? – disse em choque. – Como isso aconteceu? – pôs a mão na boca.

Van- Não sei, mas eu tenho que ir. – não explicou e desceu as escadas correndo. – Eu preciso ir vê-lo.

Gina- vanessa? – gina disse nervosa. – Você não está em condições de dirigir minha filha! – ia atrás da menina. Estava preocupada, pois vanessa estava tremendo demais pra pegar um trânsito. – vanessa! – berrou, mas não adiantou, vanessa já estava dentro do fusca, lutando para liga-lo.

Van- LIGA DROGA! – ela berrou e o carro ligou. – Abre o portão pra mim mamãe. – gritou.

Gina suspirou e fez o que a filha pediu, em seguida se agachou na janela do carro.

Gina- Me mande noticias filha, eu vou rezar por ele. – fez o sinal da cruz na morena, que assentiu.

Vanessa saiu e gina tratou de avisar ao marido do ocorrido, greg ficou em choque.

No caminho, vanessa dirigia nervosa. Austin não podia morrer, não podia abandona-la.

Sentia as lágrimas quentes caindo pelo seu rosto e agradecia pelo fato dos gêmeos estarem com o pai.

Não demorou e chegou ao hospital. Pediu informações na recepção e logo viu Geyse, namorada de Vinicius por ali, a loira tinha olhos vermelhos, provavelmente pelo choro.

- vanessa, ainda bem que você chegou! – Geyse verdadeiramente agradeceu aos céus.

Van- Como ele está, Gê? – vanessa perguntou enquanto caminhavam pelo corredor.

- Está muito mal vane. – disse negando com a cabeça. – Foi tão de repente.

As duas atravessaram o corredor e encontraram Vinicius, estava com a cabeça baixa ao lado de outro rapaz que aparentava ter a mesma idade, provavelmente eram amigos.

Van- Vinicius! – ela chamou olhando ao redor. – Onde está o austin? Cadê ele?

- vanessa... – ele suspirou, brincando com os dedos, sem olha-la. – A situação tá complicada olha. – fungou.

A morena caiu no choro e Geyse a abraçou.

Van- Como isso aconteceu? – ela perguntou aos soluços.

- Ele deixou a gente na porta da boate e seguiu a rua direta, nós ainda vimos de longe o carro batendo em outro e capotando quatro vezes. – o cara desconhecido falou. – Parece que o outro motorista estava bêbado.

Van- Droga! – ela praguejou. – Malditos bêbados! Maldita bebida! – socou a cadeira. – Foi ao menos preso?

- A policia levou pra delegacia. – Vinicius assentiu. – Iam fazer teste do bafômetro e exames pra ver se estava com droga no sangue. – foram interrompidos pelo médico, que se aproximou. Vinicius levantou-se e encarou o médico.

- Como está o meu irmão doutor? – ele perguntou. – Ele está vivo?

O doutor os encarou sério, e suspirou descendo os olhos para a prancheta.

- É o irmão de Austin Butler? – todos assentiram. O doutor respirou fundo. – A situação do seu irmão está muito delicada rapaz... Os vidros do para brisa perfuraram o pulmão e o fígado dele com brutalidade, até agora ele teve duas paradas cardíacas e não reagiu bem ao medicamento, o sangue é raro e ele está respirando com a ajuda de aparelhos.

Van- Não... – vanessa pôs a mão no rosto. – Droga! – chorando. – Qual é o sangue dele?

- O negativo. – o doutor suspirou.

Van- Vocês não conhecem ninguém com esse tipo de sangue? – vanessa perguntou ao irmão dele.
Vinicius apenas negou, aos prantos.

- Nós podemos vê-lo? – Vinicius perguntou.

- No momento não. – o doutor anotou algo na prancheta. – Ele está inconsciente. Enfim, qualquer coisa eu venho avisa-los. Eu preciso ver outros pacientes. – saiu.

- E agora? – Vinicius perguntou, mas pra si mesmo do que para os outros. – Como eu vou chegar na mamãe, e contar essa desgraça? – perguntou ao amigo. – Como velho? – chorou outra vez. O amigo o abraçou pelo ombro.

Van- A tia Neide ainda não sabe? – Vanessa arregalou os olhos. Vinicius negou. – Oh céus, ela tem o direito de saber.

- Eu sei, mas cadê a coragem pra ligar e falar? – Vinicius riu sem vontade alguma.

- Cara, eu ligo pra ela. – o amigo disse.

- Faria isso?

- É claro que sim. – assentiu e pegou o celular, se afastando. – Já volto.

Vinicius coçou a nuca, um tanto atordoado.

- Minha mãe vai querer morrer. – ele sussurrou apreensivo. – O austin é louco por ela e ela por ele.

Vanessa apenas abraçou o próprio corpo, podia imaginar o desespero que dona Neide sentiria, afinal também era mãe e se algo acontecesse a um de seus filhos ela morreria.

Alguns minutos depois o rapaz volta com o celular na mão.

- E então?

- Ela está vindo pra cá. – ele guardou o celular no bolso e encostou-se a parede. – Ficou louca. – disse fazendo um biquinho.

Vinicius negou com a cabeça e suspirou, podia imaginar como sua mãe teria ficado.

Vanessa pegou o celular, tinha que avisar à ashley. Afastou-se um pouco e logo ouviu a voz sonolenta da loira.

Ash- Que seja muito importante vaca. Se você não sabe, são cinco da manhã. – Ashley reclamou enquanto coçava a ponta do nariz.

Van- Ash... – vanessa disse com a voz tremida, voz essa que Ashley conhecia bem.

Ash- O que foi vanessa? Tá tudo bem? – ela perguntou com certa preocupação.

Van- Ash, o austin sofreu um acidente. – Vanessa disse. – Estamos no hospital, e ele está muito mal.

Ash- Oh meu Deus! – Ashley pôs a mão na boca, horrorizada. – Mas em que hospital vocês estão? – disse se levantando, fazendo gestos para chris levantar também.

Van- No pronto socorro, anota aí o endereço... – ela disse o endereço e Ashley anotou em sua mente.

Ash- Eu estou chegando aí. – ela desligou e tratou de se vestir.

De manhã cedo, zac estava arrumando os bebês para leva-los de volta para a mãe.

Zac- GABRIEL! – o loiro berrou ao ver o pequeno quase entrando no elevador. – Meu filho, pelo amor de Deus. – o pequeno sentou e ficou encarando o pai com a mãozinha na boca. Zac o pegou no colo. – O papai já pediu pra você ficar quietinho. – ele suspirou entrando novamente e fechando a porta, já tinha falado mil vezes para sami fechar a porta depois de sair, mais parecia entrar por um ouvido e sair por outro. – Fica aqui com o seu irmão enquanto o papai termina de pôr a gravata. – o colocou no chão, Gabriel voltou a engatinhar por ali e logo tratou de procurar outra coisa pra se distrair, agora o alvo era a revista de esportes do pai.

Zac saiu já com a gravata posta e viu o filho destruindo sua revista, rolou os olhos. Gabriel era uma criança muito hiperativa, ele usava essa palavra pra não dizer aquela outra, denominada “pestinha”, afinal o pequeno sempre estava fazendo arte e aprontando alguma, quando não estava batendo em austin (irmão), estava atracado nos cabelos de sami, ou destruindo tudo o que via.

Ao contrario do irmão, que brincava apenas com os próprios brinquedos, Gabriel colocava na boca tudo o que via pela frente, e sempre quebrava tudo. Tinha herdado todo o gênio de vanessa. Já austin era calmo e comportado (dentro do limite) às vezes aprontava alguma, mas não era como Gabriel. Gabriel era algo fora do normal.

Saiu de seus devaneios ao ouvir o celular tocar. Viu que era Vanessa e atendeu prontamente.

Zac- Alô.

Van- zac? – ela disse. Ele estranhou a voz dela, estava parecendo abatida.

Zac- vanessa, tá tudo bem? – ele perguntou preocupado. – Sua voz me parece mal.

Vab- Não zac, tá tudo péssimo. – ela suspirou. – O austin sofreu um acidente.

Zac arregalou os olhos e logo ouviu o choro da morena do outro lado da linha.

Zac - vanessa, mas como isso aconteceu? – ele perguntou um pouco atordoado.

Van- Acidente de carro zac... Um maldito bêbado bateu no carro dele e ele capotou. – ela sussurrou. – Ele está muito mal e pode morrer.

Zac- Minha nossa! – ele pôs a mão na testa. – Onde você está? Eu posso ajudar em alguma coisa?

Van- Eu não sei... – ela negou com a cabeça, enxugando as lagrimas. – Eu estou no pronto socorro, eu estou com medo que ele morra zac. – disse com a voz embargada.

Ele sentiu um nó na garganta.

Zac- Ele não vai morrer querida... Ouça, eu vou deixar os bebês com as meninas e vou até aí tudo bem? – ouviu um gemido do outro lado da linha. – Me diz em qual hospital você está?

Vanessa disse o endereço e ele prometeu que chegava dentro de uma hora.

Antes passou na casa dela para deixar os bebês com as babás, sim agora eram duas, pois Vanessa não dava conta sozinha dos dois anjinhos. Antes de ele sair, Gabriel teve uma crise de choros, pois não queria sair do colo do pai, mas gina conseguiu acalma-lo e ele se aquietou.

Duas horas depois zac chegou ao hospital, pediu algumas informações na recepção e foi até o corredor indicado, encontrou Vanessa assim que chegou.

A morena estava com uma aparência péssima, seus olhos estavam vermelhos e demostravam que ela não tinha dormido nada a noite.

Van- zac. – ela se levantou e o abraçou forte, sentindo o cheiro dele. – Que bom que veio. – ela disse, ainda abraçada a ele.

Zac- Claro que vim. – ela o soltou e ele sorriu de leve e cheirou os cabelos dela. – Me atrasei por que o Gabriel começou com aquela pirraça dele. – ele disse e vanessa negou com a cabeça.

Van- Como eles dormiram? – vanessa sorriu pela primeira vez desde que chegou ao hospital.

Zac- Muito bem, acordaram apenas pra mamar, como sempre. – ele disse tirando o paletó, pois ali estava um pouco abafado. Ela sentou e ele sentou ao lado dela. – Por que não me conta o que aconteceu

Vanessa assentiu e contou tudo para o loiro. Zac ficou muito triste com a situação, qualquer um em seu lugar ficaria feliz com a noticia que austin podia morrer, mas ele não. Não sentia prazer nenhum naquilo, austin sempre fora muito gente boa com ele e tratava seus filhos e vanessa muito bem.

Não desejaria sua morte nunca.

Van - E pra piorar o sangue dele é um tipo raríssimo, não tem estocado. – ela terminou.

Zac - E qual é o tipo de sangue dele? – zac coçou a nuca.

Van- O negativo. – ela suspirou.

Zac arregalou os olhos.

Zac- Sério? – ele perguntou e  assentiu. – Esse é o meu tipo de sangue. – ele sorriu e vanessa arregalou os olhos.

Van- Você tem certeza? – ele assentiu. – Oh meu Deus, você doaria um pouco do seu sangue? – perguntou com os olhos esperançosos.


Zac sorriu de leve e não pensou duas vezes.

Zac - É claro que sim. – ele abriu um sorriso lindo e Vanessa também sorriu com os olhos brilhando.

Vanessa o abraçou forte, não estava acreditando que zac doaria seu sangue para austin. Era uma atitude muito digna da parte dele e ela jamais esqueceria. Depois de tudo resolvido zac conversou com o doutor que ficou feliz por terem conseguido alguém para doar o sangue.

A família de austin estava um pouco mais aliviada, mas sabia que ainda tinha riscos. Zac fez alguns exames rápidos, para ver se ele realmente tinha condições para fazer a doação e tudo estava em ordem. Em seguida tirou o sangue e a transfusão foi feita. Assim que o doutor saiu da sala todos já estavam enchendo o profissional de perguntas.

- E então doutor? Meu filho vai ficar bem? – perguntou a mãe de austin.

- Ei, vamos com calma... – o doutor enfatizou. – Não vou iludi-los, ainda tem muitos riscos, austin ainda está muito fragilizado e o organismo dele não está respondendo a nada... Portanto vamos ter paciência, e vamos ver o que vai acontecer agora depois da transfusão.

Todos se entreolharam.

- Agora eu preciso ir... Com licença. – se retirou.

Neide se pôs a chorar, estava morrendo de medo de perder seu filho, e vanessa estava morrendo de pena dela, devia ser uma dor horrível pra uma mãe. Se ela que era namorada estava a ponto de enlouquecer quanto mais a mãe.

Zac a chamou em um canto.

Zac- vanessa, eu preciso ir agora, tenho que entregar uns documentos que o meu pai organizou, se eu não for ele arranca o meu couro, mas assim que der eu volto pra cá, ok? – zac disse botando o paletó nos ombros.

Van - Valeu por tudo zac. – ela o encarou. – Obrigado por ter doado um pouco do seu sangue pra ele. – deu um sorrisinho de canto.

Zac - Eu adoro te ver sorrir sabia? – ele apertou o queixo dela. – Pra ver o seu sorriso no dia de hoje eu seria capaz de doar todo o meu sangue se fosse possível.

Vanessa sorriu e o abraçou outra vez. Não sabia se era carência por toda aquela situação, mas estava gostando de tê-lo ao seu lado naquele momento. Assim que zac se foi, o doutor retorna.

- O paciente acordou, parece que a transfusão o ajudou a respirar melhor. – ele disse e todos comemoraram. – Contudo, não é querendo ser estraga prazeres, mas ele continua em uma situação delicada. – todos encararam o medico. – Implorou para ver a mãe, o irmão e a namorada. – o medico suspirou.

Vanessa, Vinicius e Neide se entreolharam.

- Vou deixar vocês entrarem de um por um, por que esse é um caso especial. – o medico indagou. – Quem vai primeiro?

- Vai lá mamãe. – Vinicius pôs a mão no ombro da mãe, que assentiu. Vanessa sorriu concordando.

- Então eu vou primeiro. – Neide engoliu o seco, não estava preparada pra ver seu filho, que sempre esbanjara saúde em uma cama de hospital. Mas ela precisava vê-lo, senão enlouqueceria.

A mulher seguiu o medico e vinte minutos depois voltou, morrendo de chorar.

- Droga, o meu filho está morrendo. – ela disse aos prantos e vanessa a abraçou.

Vab- Não fala isso tia. – ela pediu. – Não fala bobagens, ele não vai morrer!

- E então? – o doutor veio logo atrás. – Quem é o próximo?

- Eu posso ir vanessa? – Vinicius perguntou e vanessa assentiu, ainda abraçada com Neide.

Vinicius foi com o médico e Vanessa ajudou Neide a sentar. Depois pegou um copo de água para a mulher.

Van- Tenta se acalma um pouquinho tia. – ela sentou ao lado da mulher. – O austin vai ficar bem, como se a senhora não conhecesse ele. – tentou se convencer.

- É por que você não o viu, ele está muito mal. – negando com a cabeça. – Até se despediu de mim alegando que me amava e que não queria me ver triste.

Van- Pense positivo! – tentou alegra-la em vão, pois a mulher só chorava.

Vinicius saiu exatamente quinze minutos depois, se encostou na parede e passou a mão no rosto. Dava pra notar que ele estava muito tocado... Logo em seguida caminhou até as duas.

- Vanessa ele quer te ver. – sentou e abaixou a cabeça.
    


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   Xoxoooo ... 

3 comentários:

  1. Nao pode ser. O Austin vai morrer mesmo???posta maiss por favor. Bjoss

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  2. Ai meu core
    O Austin vai morrer???
    Foi uma atitude mto linda do Zac
    Continua amr
    Xx

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  3. Qi gente , ele não pode morrer, tadinho meu deus , não merecia, o Zac foi muito legal, posta mais logoo

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